Joinville em seus cinquenta primeiros anos de sua fundação, passava vários problemas enfrentados pela sua poulação, como financeiro, lingua alemã, adaptação dos novos imigrantes (moradores) entre outros, mas digamos que o principal foi o Saneamento Básico da Cidade. Para resolver essa situação a primeira da empresa da Família PLOTHOW, ficou responsável em realizar o recolhimento das fezes das casas das famílias.
Anos mais tarde a prefeitura a partir de licitações, outra empresas também realizavam o serviço, como G. Detzner, Augusto Bübeler e por final Emilio Manteuffel.
A cobrança era de 500 Réis por cubo e 100 Réis o aluguel do cubo(se não tivesse próprio cubo). O recolhimento do cubo era feito diariamente. Dados Jornal Zeitunge em 20/01/1907.

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HIstória Carro da Meia Noite
Segundo fontes, o Carro da Meia Noite, nos primordios da colonização de 1860-70 tinha como objetivo, realizar o recolhimento das fezes dos moradores da cidade, que eram depositados em cubas. O serviço funcionou até as décadas de XX.

Perto da Meia Noite, uma carroça puxada por dois cavalos, e pilotada por dois cubeiros, que eram pessoas simples, que lidavam com as ” cubas” e com uma lanterna a querosene pendurada ao lado, (a iluminação pública era ineficiente), passava nas casas dos associados para recolher as cubas(deixadas pelo lado de fora da casa ) e eram recolhidas e despejadas em dois grandes cubas (tamobores de metal que ajudava a transportar o grande volume ) até ao primeiro aterro sanitário da cidade, que se localizava região do 62 Batalhão de Infantaria. O conteúdo era drenado pelo Ribeirão Mathias, ou Jaguarão.
Lenda – Carro da Meia Noite
O lendário ” CARRO DA MEIA-NOITE” era pintado de preto, e seus ocupantes, vestiam-se de terno e usavam chapéus, todos de preto. O fedor da carroça era sentido de longe e por onde passava.
Ao se aproximar das casas, os moradores fechavam as portas e janelas para evitar o fedor e de certa forma, assustava as crianças. Durante muitos anos, mitos e lendas se rodearam a partir dessa história.
Quando se havia muita travessura e safadezas dos filhos, seus pais usavam desse artificio para assusta-los, dizendo que o Carro da Meia Noite iria pegá-los. A carroça era fedorenta, e portanto temida pelas crianças e andarilhos noturnos da época, que evitavam de cruzala. Até hoje ainda ouvimos essa lenda para nossas crianças.
Primeiro banheiro na residência
Com o passar do tempo, foram criadas “casinhas” ou banheiro para os dias de hoje, que ao fundo colocava as cubas em burracos, par servir como privada. Anos mais tarde foram substituídas pelas ” PRIVADAS PATENTES” e decretaram o fim do temível carro da meia-noite.

Abominação ao Serviço
Naqueles tempos existiam diversos salões na cidade e os jovens se divertiam. Os bailes começavam às 20 horas e finalizava a 01 hora da manhã, e os jovens ao retornarem para suas residências, acabavam cruzavam com o carro da Meia Noite (Sinistro Carro da Madrugada). Eles faziam xingamentos aos cubeiros, por que o carro vazava e liberava seu fedor insuportável.
Genealogia Família PLOTHOW
Inicialmente o serviço começou a ser prestado pelos pioneiros da família “PLOTHOW“, que possuíam descendentes na região.
Franz Emil Plothow, filho de alemães, foi fundador e Proprietário da empresa do nosso Caminhão do Cubo (Caminhão da meia noite).

Franz nasceu em 19/06/1873 na cidade de Joinville e faleceu em 17/07/1960, tinha como maior parte de susa vida agricultor. Casou-se com Bertha Siedschlag, nascida em Joinville no dia 03/02/1877 e faleceu em 01/10/1945 (Filha de Wilhelm Siedschlag e Wilhelmine Schmig. Juntos tiveram 07 filhos.

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Fontes
- Foto capa retirada do google. (Acredito que não seja carroça da meia noite)