Estação da Memória ou conhecida antigamente como Estação Ferroviária de Joinville foi uns dos principais marcos de crescimento a cidade de Joinville. A estação além servir como transporte durante muitos anos aos moradores de Joinville, atendia no quesito de transporte as cidades São Francisco do Sul, Jaraguá do Sul e Corupá, sendo uns dos principais meios de locomoção entre as cidades.
Localizada no km 40-369 (Joinville)

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INAUGURAÇÃO COM PRESENÇA PRESIDENTE
A Estação da Memória, localizada na sede na antiga Estação Ferroviária de Joinville, foi inaugurada em agosto de 1906 com a presença do então presidente do Brasil, Afonso Pena, sendo a primeira vez em que um presidente do país visitou a cidade de Joinville. Foi nessa ocasião também que a cidade recebeu a alcunha de “Cidade das Flores”, tendo em vista que o então pequeno município Joinville enfeitou seus jardins e quintais para a recepção do presidente que ficou encantado com a beleza da cidade na ocasião.

Fontes de pesquisa: Livro HIstória de Joinville de Carlos Ficker
Um grupo de políticos e empresários rumou para São Francisco do Sul para receber o presidente Afonso Pena, que visitaria a cidade.

Foto do livro 150 anos de Joinville
Ao contrário da comitiva que foi recepcioná-lo na cidade vizinha, ele não pegaria o vapor Babitonga e cruzaria o rio Cachoeira para chegar a Joinville. Viria de trem. Sua chegada foi o marco de uma obra fundamental no desenvolvimento e na comunicação da região ao longo do século 20: a Estação Ferroviária de Joinville
PRIMEIRA VEZ QUE O TREM PASSOU
A primeira passagem do trem pela estação se deu ainda em julho de 1906, mas, para fins de uma “inauguração oficial” deve-se considerar agosto, pois foi nesse momento que as lideranças políticas e empresarias do município juntamente com o presidente deram início às atividades do prédio.

Construção do Prédio
No início de 1906, o prédio da Estação Ferroviária de Joinville já estava saindo do papel. A planta havia sido aprovada no final de 1905 pelo engenheiro fiscal do governo, campos melo, segundo o registro no livro sobre a história de Joinville, de Ficker.

A área, no final da rua Santa Catharina, pertencia à família Joenck. A administração da obra ficou a cargo do empresário Fernando Lepper, proprietário de uma conceituada marcenaria com máquinas a vapor.

A obra foi feita rapidamente e em 29 de julho daquele ano o primeiro trem chegava à Estação Ferroviária de Joinville. Na prática, os trilhos ainda não haviam chegado e a locomotiva teve que esperar, parada, a um quilômetro do local até os funcionários terminarem o trabalho. “Às 5 horas da tarde ficou concluído o assentamento provisório dos últimos trilhos.

O pessoal de trabalho voltou onde estava a locomotiva, ocupou o primeiro carro e, às 17h20, debaixo de vivo entusiasmo popular, o primeiro comboio entrou na estação”, consta na Gazeta e é reproduzido no livro de Carlos Ficker.

Em 8 de agosto, a comitiva do presidente Afonso Pena chegava de trem e desembarcava na recém-construída Estação Ferroviária. Apesar disso, não há nenhum registro nos jornais sobre uma inauguração oficial do espaço ou do trecho naquela ocasião.(…)

Chegadas e Partidas
Durante maior parte do tempo o transporte era uma litorina parada em frente à estação ferroviária de Joinville. Com ela, muita gente viajava a algumas cidades da região, como Jaraguá do Sul e São Francisco do Sul.

ESTRADA DE FERRO SÃO PAULO – RIO GRANDE
A ligação da Estação Ferroviária está inserida no Ramal Porto União – São Francisco, que faz parte da Estrada de Ferro São Paulo – Rio Grande. O projeto inicial a linha férrea passaria por fora do perímetro urbano da cidade, mas, após pressões das entidades comerciais do município, conseguiu-se alterar o traçado.

Acervo de Levino Junior Moby.
Fontes
- Foto Capa: Créditos: Acervo Arthur Wischral – Possivelmente Anos 20 e 30
- Acervo de Carl SCHNEIDER – Foto do Ano 1906.Fontes de pesquisa: Livro HIstória de Joinville de Carlos Ficker